Pois bem.
Minha pesquisa sobre a história de Mimoso do Sul havia se aprofundado sobremaneira, e consegui "garimpar" e ter acesso à várias informações e documentos importantes, em Vitória e em Mimoso.
Um dos meus principais focos, como já disse, é a "tomada" da Comarca, em novembro de 1930. Pesquisei então, em pormenores, tudo sobre a Revolução de 1930, que foi a fagulha que acabou desdobrando-se, localmente, na mudança da sede. Garimpei toda a correspondência oficial, os jornais, tanto locais como alguns de fora, colhi testemunhos, e até em livros de memórias consegui muitas informações importantes para minha pesquisa. Pesquisei em Canhoeiro, em Muqui e em Bom Jesus. Estive em Baixo Guandu, para conhecer "in loco" o teatro onde se desenrolou uma das mais sangrentas batalhas da Revolução. Estive em Campos e em Itaperuna, no Estado do Rio, pois foram localidades que influenciaram ou foram influenciadas pelos acontecimentos ocorridos no Espírito Santo durante a Revolução.
[Abro aqui um adendo: se todos escrevessem um livro de memórias, grande parte do cotidiano de nossa história seria preservado, mesmo que sob uma visão particular. Já reza o ditado: não se pode morrer sem antes ter tido um filho, ter plantado uma árvore, e ter escrito um livro]
Interessei-me, também, pelos primórdios da história de Mimoso do Sul, quando o Itabapoana era singrado por barcaças carregadas de café, e quando o porto de Limeira era um relativamente importante entreposto comercial para a época. As fotos que seguem abaixo foram um registro da viagem que fiz pelo Itabapoana, subindo o rio em um pequeno barco até o porto de Limeira e até as primeiras cachoeiras do rio. Foi uma verdadeira "expedição" histórica e, até, arqueológica. Navegamos pouco mais de oito quilômetros, dos cerca de sessenta quilômetros navegáveis do rio desde sua foz até o porto de Limeira.
Subindo o rio Itabapoana, desde a ponte da divisa até as primeiras cachoeiras.
Ruínas de edificações do Povoado de Limeira do Itabapoana, do lado fluminense.
Ruínas da Capela do mesmo Povoado, erguida na segunda metade do século XIX.
Posando de arqueólogo, junto a um bloco de pedra que servia de fundação à uma edificação.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirShow! Legal descobrir esse seu blog, Gersão...
ResponderExcluirSempre soube deste seu trabalho, e agora estou tendo acesso...
Vou continuar a leitura!
Os "lidos" de antes é só uma palhaçada... rs
Gulherme,
ResponderExcluirFico muito feliz por você ter gostado!
Aproveito para informar: essa "expedição" que fiz ao Itabapoana e à Limeira foi com o Tércio e o Marco Aurélio, seu pai... navegamos no barco dele! Foi um dia muito bacana!
Grande abraço,
Gerson