Durante muito tempo fui um aficcionado por futebol; não, aficcionado não: fanático (no sentido mais louco que possa existir) por futebol. Eu torcia loucamente pelo Flamengo, pela Desportiva, pelo Mimosense. Não era simples paixão; era loucura mesmo. Eu acompanhava todos os campeonatos, desde o estadual acreano ao nacional ucraniano. Sabia de "cor" as escalações de todos os principais clubes brasileiros e estrangeiros. Eu mantinha um arquivo sobre o campeonato capixaba, e conhecia cada clube do nosso Estado. Fazia estatísticas, e inclusive conseguia eu acertar, aproximadamente, o público pagante das partidas antes mesmo dos jogos acontecerem. Meu sonho era ser jornalista esportivo, e cheguei à começar o curso de Comunicação Social na UFES (fiz apenas um ano de curso, abandonando-o para ingressar no curso de Direito, também na UFES).
Naqueles tempos que durou minha loucura, entre os anos de 1989 e 1999, aproximadamente, eu adquiria tudo que era publicado sobre futebol; ainda tenho toda a coleção da revista PLACAR no período, e comprava quase sempre o Jornal dos Sports (aquele rosinha). Acompanhava as transmissões de partidas pelas rádios, em ondas curtas! Assim, eu podia acompanhar os campeonatos argentino, português, espanhol, mineiro, gaúcho, pernambucano, paulista, etc. Escutava as transmissões em português em ondas curtas de rádios da França, Inglaterra, Alemanha e, pasmem, até da Rússia!
Sim, sem falsa modéstia, eu era um verdadeiro prodígio no "estudo do futebol"; porque, em campo, sempre fui meio "perna-de-pau", acertando o pé na zaga após muito esforço para ao menos jogar "medianamente", após uma experiência como goleiro. Fui um bom goleiro, porém: titular do time do meu prédio durante um ano e, por incrível que pareça, fui reserva do goleiro Pierre no time do Salesiano de futebol de salão, durante dois meses; até que tomei um bolaço na cara que quebrou meus óculos no meio (sim, eu agarrava de óculos, amarrados com um cadarço em torno da cabeça). Abandonei a "carreira" de goleiro definitivamente após uma derrota de 9 x 0 que o time do Serrat/Real (meu prédio) sofreu para o "Castelamare", começando então a "carreira" de "zagueiro-que-mete-medo-porque-pode-te-quebrar-sem-querer".
Meu pai, Maerson David França, fui um grande jogador de futebol em sua infância e adolescência. Jogou no Fluminensinho e no Álvares, ambos no futebol de salão. Meu irmão emprestado, Daniel Guarçoni Martins, também era um craque no futebol, sendo sempre o primeiro a ser escolhido quando começávamos a divisão dos escretes. Talvez por isso que eu acabei me aficcionando tanto pelo "estudo do futebol"; para impressionar meu pai, mesmo que inconscientemente, acabei me tornando um "expert" em "futebol-teoria". E o fato é que acabei me apaixonamendo pelo futebol.
Minha loucura por acompanhar insanamente o esporte foi diminuindo após 1996, quando comecei a namorar Larissa Cysne, que se tornaria minha esposa. Nos primeiros anos de namoro, ela sabia que domingos eram "dia de futebol", e que nem adiantava marcar nada; com o tempo, porém, fui acalmando a minha "doideira futebolística", e passei à acompanhar os campeonatos e clubes como uma pessoa "normal". Hoje, se me perguntarem qual é a escalação completa do meu clube do coração, o Flamengo, não saberei responder, embora eu acompanhe os jogos.
Tenho que manter certa distância, pois dizem que os ex-drogados que se curaram não podem nem chegar perto da droga, para não ter uma recaída. =)
Ola,fiquei muito feliz em saber que tens relatos sobre mimoso do sul, porem quero tambem que saibas, que existiu um homem que muito era conhecido nesta epoca, o meu avô Waldemar Mothe, que era na Epoca Delegado, infelismente não sei quase nada a respeito do meu avô...sei que ele tinha fazendo em Pastinho(se é esse mesmo o nome)...ficarei muito feliz se voce estiver algo coisa que possa me mandar a respeito do meu avô, pois vejo que se interessa em pela historia de mimoso do Sul....sem mais eu envio o meu e-mail elizabethmothe@hotmail.com
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