Abaixo segue um mapa de parte do Município de Campos, datado de 1955. Esse mapa foi publicado na "Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, vol. VI, IBGE, 1958, p. 148", e está disponível in totum no site Estações Ferroviárias do Brasil referente à Estação da referida cidade.
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Reparem bem em cima, um pouquinho para a direita, na margem do rio Itabapoana, pertinho da Pedra do Garrafão (que hoje dá nome à usina hidrelétrica recém construída): sim, lá está Limeira!
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Nessa época, o Povoado já estava em franca decadência, e receberia o golpe final poucos anos depois quando da implementação da política de erradicação do café, que acarretou uma grande emigração e fez decrescer a população da grande maioria dos distritos e pequenos povoados da bacia do Itabapoana. No lado do Espírito Santo, por exemplo, na época que o presente mapa foi confeccionado, só haviam ruínas da "Limeira capixaba", conforme atesta Olympio José de Abreu na "Ligeira Notícia Histórica sôbre Mimoso do Sul", publicada em 1951.
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Nos mapas em escala 1:50000 feitos pelo mesmo IBGE em 1968, Limeira não aparecia mais como núcleo existente. Só restavam as ruínas engolidas pelo mato e por sedimentos; as mesmas ruínas que, erroneamente, então sendo agora confundidas como sendo da quinhentista Vila da Rainha.
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Gerson Moraes França
Ouvi do senador Marco Maciel, citando um historiador francês cujo nome não guardei, que "todo evento, antes de ser histórico, é geográfico". As coisas acontecem em um determinado lugar e, por várias razões por vc expostas a Vila era, realmente, próximo ao mar, na foz do rio. Não sei porque a dúvida persiste
ResponderExcluirSe observarmos o padrão de locais de construção de povoados,etc. naquela época, observamos que a grande maioria era construído em locais que podia fornecer algum abrigo do mar aberto, mas não tão longe do mar como Limeira se encontrava.
ResponderExcluirÉ só pesquisar.