Antiga sede da Fazenda União - foto de Beto Barbosa |
Na semana retrasada, os que advogam pela preservação do patrimônio histórico no Espírito Santo e em Mimoso do Sul receberam uma boa notícia. A Superintendência Regional do INCRA no Estado concedeu à Prefeitura de Mimoso uma área para executar um empreendimento de turismo e de lazer no Assentamento União, onde outrora existiu a mais que centenária Fazenda União. Intenta-se instalar um clube, um Museu e um Hotel Fazenda na área, preservando o imóvel que serviu de sede para o que foi uma das maiores e mais ricas fazendas de café e de cana-de-açúcar da região, e que também abrigou uma Usina, hoje em ruínas, que fabricava açúcar e, principalmente, aguardente. Chegou a ser a maior produtora de aguardente de todo o Estado, na década de 1940 ou 1950.
A notícia pode ser lida no site do INCRA, clicando-se no link abaixo:
O Assentamento União é o mais antigo assentamento de reforma agrária em Mimoso do Sul. Foi implementado em 1998, na esteira de um crescente movimento social dos trabalhadores sem-terra no Município. Após isso, a mobilização dos sem-terra, capitaneadas em Mimoso principalmente pela FETAES e pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais local, e com participação também do MST, tomou uma enorme proporção. Nos anos 2000, Mimoso do Sul foi, por um período, o Município do Estado com o maior número de acampados de todo o Espírito Santo, com centenas de famílias à espera de uma gleba.
Lembro-me bem desses anos. Como esquecer os barracos de lona, alinhados lado a lado na estrada, então de terra, que liga Mimoso à São Pedro, Santo Antônio e Conceição de Muqui? Eram quilômetros de barracos, à espera de que fosse repartida a Fazenda Palestina, também desapropriada para a reforma agrária. Lembro-me quando, na Fazenda Catuné, os acampados entraram no terreno e repartiram suas glebas. E na Fazenda Independência, quando algumas dezenas de acampados ocuparam as entradas da fazenda, também à espera de uma gleba que, por lá, não saiu; os proprietários conseguiram reverter a desapropriação na Justiça, provando que a Fazenda era produtiva.
À esquerda, a antiga sede da Fazenda União; à direita, as ruínas da Usina do Engenho Central de União Ltda. |
É até interessante, mas todas essas propriedades eram o que restavam de ricas e enormes fazendas cafeeiras surgidas no século XIX, e que prosperaram até a época da erradicação dos cafezais velhos, na década de 1960. União, Palestina, Independência e Catuné foram riquíssimas fazendas, propriedades de "capitães" e "coronéis" do passado. E, ironia do destino, foram o alvo de centenas de famílias de trabalhadores sem-terra que, muitas delas, expulsas do campo nas décadas de 1950 e 1960 devido à crise do café e ao aumento das pastagens, agora retornavam para a atividade que seus avós exerciam. Mas, dessa vez, como proprietários.
Quando criança, a "roça" sempre me chamou a atenção, mas de uma forma estranha. O período áureo do café e da intensa vida rural não mais existia nas regiões que eu frequentava quando pequeno, e nem quando adolescente. O campo era, para mim, uma extensa zona vazia e deserta, sem gente e sem vida, onde pastavam alguns poucos bois. À noite, era sinônimo de silêncio e de escuridão. Lembro-me que era comum ver pequenas casinhas abandonadas, a maior parte em ruínas. Pensava eu: "alguém já teria morado ali?". Não imaginava eu que, à vinte ou trinta anos atrás, a população rural daquelas regiões era a maioria: cerca de noventa porcento dos habitantes de Mimoso do Sul e de Muqui. Nascido e vivendo em Vitória, quando criança minha concepção de campo era, interessantemente, um núcleo urbano: Muqui, cidade onde meus avós viviam. Para mim, o "rural" era uma "cidade pequena". Só fui ter contato mais direto com o campo quando, adolescente, comecei a frequentar Mimoso e as fazendas da família de minha antiga madrasta. Foi lá que, pela primeira vez, vi um trabalhador rural em seu ambiente de trabalho. Lembro-me quando um dos filhos dela, meu "meio-irmão" Daniel, apontou para um deles e disse; "- é um colono". Eu, na minha "ignorância escolarizada", perguntei: "- ele é de que nacionalidade?". Todos riram, inclusive o "colono". Hoje, ao descer a serra do Catuné ou dobrar a grande curva da União, à noite, observamos diversos pontos de luz espalhados no meio do que, antes, era só escuridão.
Depois desse "primeiro contato direto", vivi intensamente, embora por um curto período, a "vida rural". Não só em lazer, passeando de cavalo ou de moto pelos morros e matas, tomando banho de rio ou aproveitando as cachoeiras, mas também "trabalhando" eventualmente. Subi morros e ajudei à cortar e puxar capim para misturar com cana, que servia de ração para os bois e vacas no curral. Até hoje eu adoro aquele cheiro de "bosta de boi" misturado com o aroma doce da cana moída com capim. Ajudei à espalhar café no terreiro. Tomei café torrado e moído na hora, e fazia meu próprio caldo-de-cana em uma pequena "moenda" que havia embaixo da sede da fazenda. Ajudei à "desmontar" uma casinha e "transportar" os tijolos e telhas para outro local. Ajudei a caiar a casa de um colono. Joguei milho para as galinhas, e "catei" ovos. Andei pelas terras de uma fazenda que meu pai havia adquirido, e que servia para "engordar" os bois da fazenda de minha madrasta. Enfim, pude ter contato direto com um pouco daquela vida. No ano que morei em Mimoso, meu "castigo", quando eu faltava a aula do Guimarães Rosa em Cachoeiro, era ir pra fazenda "ajudar na roça"; mal sabiam que eu adorava aquele "castigo"...
Mas, afinal... falava eu sobre a Fazenda (hoje, Assentamento) União e da boa notícia acerca da possibilidade concreta da preservação de sua antiga sede mais que centenária. Deixemos de divagações de lembranças pessoais, e vamos para o cerne do que pretendia escrever.
O costume parece não ser tão recente, mas hoje é muito mais comum as assessorias de imprensa e/ou de divulgação de órgãos públicos ou de empresas privadas "darem mancada" quando precisam escrever algo que envolva História, embora isso não seja regra geral. Às vezes são "pequenas mancadinhas"; às vezes, são "mancadas homéricas". Hoje isso piorou, pois, com a Internet e o Google à disposição, tudo parece estar muito mais fácil e acessível. Há as exceções, mas basta "navegar" e "guglar" que... "pimba"! "- Encontrei a informação histórica que eu precisava! Pronto, trabalho feito". Esquecem-se de que o papel (ou a tela) aceita qualquer coisa. Mas, para eles, esses pequenos erros ou equívocos não são significantes, pois esses informes são vistos como mero "floreamento". Não desvirtuam a informação que, em essência, querem transmitir. E, de certo modo, não estão errados.
Mas, como historiador que pretendo ser, os "pequenos errinhos", por menores que sejam, "doem na minha vista". E foi o caso da matéria que o INCRA publicou em seu site, e que coloquei o link de acesso mais acima. Vamos lá, acertar os equívocos. Coisa de pretenso historiador chato.
Embora eu não seja arquiteto, e nem estudioso dos estilos arquitetônicos na História, uma coisa parece patente e correta na matéria: o estilo de construção da sede da Fazenda União é "colonial". Edificação bem típica da segunda metade do século XIX no sul do Espírito Santo, que lembra algumas construções do Vale do Paraíba fluminense, bem como algumas edificações de fazendas mineiras. O que não faz dela, porém, "uma antiga fazenda colonial". A Fazenda União, bem como todas as antigas fazendas do século XIX em Mimoso do Sul foram "abertas" somente a partir da década de 1840. Assim, não datam da época da Colônia, mas sim, da época do Império. O Brasil já era um Estado independente.
Antiga sede da Fazenda União |
Outra coisa é o nome do fundador da referida fazenda. Detalhe inútil para alguns, talvez. Mas não para mim e para meus olhos. E, afinal, aposto que os descendentes do fundador da fazenda também prefeririam que seu nome correto fosse lembrado. Brincadeiras à parte, seria o mesmo que daqui a cento e cinquenta anos alguém escrevesse que o superintendente do INCRA no Espírito Santo em 2014 fosse um tal "João Cândido Costa da Silva" (observação: seu nome é José Cândido Costa Rezende). =P
Embora fosse um felizardo membro de uma importante família proprietária de terras na região de Oliveira, em Minas Gerais, e herdeiro de uma pequena fortuna, seu nome não era Felizardo Ribeiro de Castro, mas sim Felisberto Ribeiro da Silva Junior. A confusão com o "Castro" deve ter ocorrido por causa de sua esposa: Felisberto era casado com Maria Cândida de Castro. Ambos, inclusive, tinham parentesco entre si: eram primos, embora não o fossem de primeiro grau. Corrigidos esses dois pequenos equívocos, discorramos agora um pouco sobre os fundadores e os primeiros proprietários, bem como sobre a própria Fazenda União no passado.
A família "Ribeiro de Castro", com ou sem o "Silva" no meio, foi das primeiras que abriu fazendas cafeeiras na região do "médio ribeirão São Pedro". Assim como outros naturais de Oliveira/MG, compraram posses em terras que, atualmente, fazem parte do Município de Mimoso do Sul. Não se sabe ainda, ao certo, o ano exato que Felisberto e Maria Cândida vieram viver em sua fazenda; mas sabe-se o período que vieram morar nas terras do ribeirão São Pedro: ocorreu em algum momento entre 1855 e 1860.
A família "Ribeiro de Castro", com ou sem o "Silva" no meio, foi das primeiras que abriu fazendas cafeeiras na região do "médio ribeirão São Pedro". Assim como outros naturais de Oliveira/MG, compraram posses em terras que, atualmente, fazem parte do Município de Mimoso do Sul. Não se sabe ainda, ao certo, o ano exato que Felisberto e Maria Cândida vieram viver em sua fazenda; mas sabe-se o período que vieram morar nas terras do ribeirão São Pedro: ocorreu em algum momento entre 1855 e 1860.
Felisberto Ribeiro da Silva concorreu, também, para a vinda posterior de membros da família de sua esposa. Para se ter ideia, o chamado "decano" da família na década de 1880, Inácio Ribeiro da Silva Castro, só chegou à região de São Pedro depois de 1862. Olímpio Ribeiro da Silva Castro (sobrinho de Dona Maria Cândida) e seu padastro Leopoldino Gonçalves Castanheira - o tão ilustre futuro Comendador e ele mesmo filho de uma Castro -, só chegariam à região do córrego Independência, afluente do ribeirão São Pedro, em 1873, para em sociedade fundarem a Fazenda Independência. Idem com alguns descendentes de Venâncio José Vivas, avô de Leopoldino e progenitor da família Vivas. E não é impossível que tenha concorrido também para a vinda de uma outra interessante personagem da história local: Silvestre Coelho dos Santos, pai do ilustre Dr. José Coelho dos Santos. A família Coelho dos Santos, de onde provavelmente "mestre" Silvestre (ex-escravo que comprou a própria liberdade) retirou o sobrenome, também tinha relações de parentesco com os Vivas, os Castanheira e os Ribeiro da Silva Castro. Todos eles, interessante lembrar, são originários de Oliveira, em Minas Gerais. A própria localização da fazenda que Silvestre adquiriu, antes de 1877, é um indício dessas relações, pois ficava encravada no meio das fazendas da família Castro.
Outra questão interessante que podemos salientar, e que o leitor já deve ter percebido, é a afluência de parentes, amigos ou agregados, que abriam suas fazendas em terras de uma mesma "grande posse" inicial. Isso era muito comum naquela época em que se "desbravavam" as extensas terras de matas virgens dos afluentes do médio Itabapoana espírito-santense. Um só proprietário não possuía, via de regra, recursos para explorar todo o terreno que adquiria ou posseava; assim, era corrente a "fragmentação" dessas grandes posses em várias fazendas, que eram exploradas pelos parentes, amigos ou terceiros que compravam um "naco". Como exemplo, podemos citar a grande Fazenda Mimoso que, de seu núcleo original, foi "fracionada" em várias outras fazendas, quando ainda vivia o Capitão Pedro Ferreira da Silva, que havia comprado a posse original. E, da grande posse, surgiu não só a Fazenda Mimoso, mas também as Fazendas Santa Marta, Santa Rita (hoje situada em Muqui), Serra, Belmonte, Aparecida, Pratinha, Vinagre e até a Fazenda Sapé, mais perto do Itabapoana. Assim também, no caso das terras da família Silva Castro, surgiram várias fazendas como a União, Independência, Recreio, Sant'anna, Rocinha, Lageado, São Carlos, Harmonia, Concórdia, Santa Rosa, Feliz Destino e São Sebastião.
Retornemos, agora, à Fazenda União e seu fundador, Felisberto Ribeiro da Silva. Como dissemos, Felisberto chegou ao Itabapoana e formou sua fazenda em algum momento entre os anos de 1855 e 1860. Como quase todas as propriedades da região fundadas nessa época, utilizava mão-de-obra escrava. Não se sabe ao certo quando foi edificada a sede da Fazenda União, mas ela já estava construída em 1870; acredita-se que tenha sido levantada por volta de 1864. Felisberto foi Tenente da Guarda Nacional e exerceu o cargo de Subdelegado do Distrito de Barra do Muquy, nome que era dado ao primeiro Distrito Policial na região da Freguesia de São Pedro de Itabapoana. Faleceu em 28 de outubro de 1875, na grande casa que servia de sede para a Fazenda e que, se tudo der certo, será restaurada em breve. A viúva, Maria Cândida de Castro, passou a administrar a fazenda com a ajuda de seus genros Bernardo José da Silveira (dono da Fazenda Santa Rosa), José Gomes de Souza (Fazenda Feliz Destino) e José Antônio de Castro (Fazenda Rocinha), e também de seu jovem filho Lindolfo Ribeiro da Silva. José Gomes de Souza, inclusive, foi o tutor dos órfãos de Felisberto, e José Antônio Castro foi quem registou a fazenda na Diretoria de Terras do Estado, em 1894.
Em 1893, pouco antes da primeira crise de preços do café, a Fazenda União, de propriedade da viúva Maria Cândida de Castro, tinha 240 alqueires de terra, dois sítios que eram arrendados e estavam incrustados dentro de suas terras, 120 mil pés de café, pastos, produzia 4 mil arrobas de café por ano e valia 140 contos de réis. Uma fortuna para a época. A propriedade sofreu com a crise, e foi no início do século XX que iniciou com as atividades de plantio de cana-de-açúcar, embora não tenha abandonado as lavouras de café. Em 1915, seu proprietário era Felisberto Gomes de Souza, filho de José Gomes de Souza e neto de Felisberto Ribeiro da Silva. Nessa época, a Fazenda União possuía três moendas, um centro com eixo de roda hidráulica e um alambique com capacidade para produzir uma pipa (480 litros) diária de aguardente. Tinha início a atividade que descambaria na construção da Usina União, que na década de 1940 e 1950 seria grande produtora de açúcar e aguardente.
Algumas curiosidades: Felisberto Gomes de Souza, que iniciou com as atividades de plantação de cana-de-açúcar e produção de aguardente na Fazenda União, era casado com Jovita de Castro Souza, tia da poetisa Maria Antonieta de Castro Siqueira Tatagiba. Felisberto e Jovita são pais do médico e oficial do Exército Lécio Gomes de Souza, que também é escritor e poeta e primo de Maria Antonieta. Lécio, nascido na Fazenda Feliz Destino em 1909, foi criado na Fazenda União. Na década de 1920 (depois de 1924, pois neste ano a fazenda ainda pertencia à Felisberto), a Fazenda União passou para a propriedade do coronel Clarindo Lino da Silveira. Daí pra frente, é história mais recente e nos estenderíamos ainda mais nessa já extensa matéria. Abandonada na década de 1970, improdutiva, tinha quase 564 hectares quando foi desapropriada em 1998.
Ruínas da Usina do Engenho Central de União Ltda |
Gerson Moraes França
Primeira foto: Beto Barbosa/Arquivo da PMMS; disponível em:
http://www.mimosoinfoco.com.br/noticiario/incra-concede-cessao-de-uso-da-fazenda-uniao-para-a-prefeitura/
Demais fotos: "prints" de trechos do vídeo "A Folia de Reis na Fazenda União em Mimoso do Sul"; disponível em:Primeira foto: Beto Barbosa/Arquivo da PMMS; disponível em:
http://www.mimosoinfoco.com.br/noticiario/incra-concede-cessao-de-uso-da-fazenda-uniao-para-a-prefeitura/
https://www.youtube.com/watch?v=yGCpoVt2TgY
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Parabéns, Gérson França, pelo belo trabalho. Como assessora de imprensa e sempre tão 'precisada' de informações concretas sobre a história de Mimoso do Sul eu só tenho a lhe agradecer.
ResponderExcluirObrigado pelos parabéns, Lenilce! =)
ExcluirSabes que estou sempre à vossa disposição, sempre que precisar!
Grande abraço!
Ótimo texto!
ResponderExcluirObrigado, Airtinho! =)
ExcluirParabens Gerson pelo belo trabalho , fique muito feliz com os comentarios feito pois meus avos e meus pais foram moradores da fazenda e prestaram trabalhos na mesma , hoje lendo este texto maravilhoso fico sabendo de mais detalhes que nao sabia , fiquei emocionado quando terminei de ler esta materia ,muito obrigado.
ResponderExcluirParabéns por seu artigo. Eu sou neta de Lindolpho Gomes de Souza da fazenda da Gruta e São Luis casado com Julieta Ribeiro de Castro. O senhor saberia algo sobre essas fazendas? Elizabete (betebete70@yahoo.com)
ResponderExcluirGostaria muito de saber alguma coisa sobre meus avós que eram aí de mimoso Raimundo Pio da Silva e vitalina de Assis e os bisavós Manoel Pio da Silva e leduina da Silva obrigada
ResponderExcluirParabéns Gerson pelo belo trabalho. Sou neto do último proprietário ativo da Fazenda União, Estanislau Cherques que a vendeu em 1970 ao industrial pernambucano João Santos que no entanto nunca a explorou comercialmente. Passei parte da minha infância nesta fazenda. Morávamos no Rio de Janeiro e Jamil Mileipe era o admnistrador. Foi emocionante saber um pouco da história da qual participei. Quando meu avô Estanislau vendeu a fazenda havia algo como 250 'colonos'. Ele tinha 500 cabeças de gado leiteiro, 250 cabeças de porco e o engenho de cana e o alambique ainda estavam ativos.
ResponderExcluirPatrick Cherques
Morei na fazenda União de 1960 a 1968 (dos 12 aos 18 anos) nesta época seu Cherques como nós o chamávamos morava na fazenda. Eu com 14/15 anos trabalhei na fazenda no almoxarifado e escritório. O Patrick Cherques, que fez um comentário sobre a fazenda é filho do Sérgio e neto do seu Cherques. Como o almoxarifado/escritório ficava na parte de baixo da fazenda eu tinha muito contato com o Patrick que na época devia ter uns 5/6 anos acredito, era um garoto muito educado, como a sua mãe dona Betty. Depois, já 16 anos fui tomar conta do armazém que fornecia para os empregados da fazenda. Com 18/19 anos fui embora para o Rio de Janeiro em busca de novos horizontes que, graças a Deus consegui. Mas tenho muitas saudades daquele tempo vivido na fazenda UNIÃO!
ExcluirAdemir Scarpini Arjonas
Seu Cherques me chamava Ademir Castilho, por causa do meu pai que era João Castilho.
Minha mãe cresceu nessa fazendo, Ela perdeu a mãe aos 12 anos e foi criada pela mulher do fazendeiro ajudando nos trabalhos, uma India muito bonita,aos 18 anos começou a namorar o filho do fazendeiro,mas seu cunhado veio do Rio de janeiro pra busca-la, pois havia promedito ela em casamento com meu pai, Ela teve que partir na manhã seguinte sem nem se despedir do amor da sua Vida, Ela me relatou tudo pouco antes de morrer!
ExcluirSou Denise de oliveira
ExcluirMinha mãe cresceu nessa fazenda com sua mãe e sau irmã mais velha,aos 12anos perdeu sua mãe sendo criada pelos patrões, ela era uma india muito bonita, com 18 anos começou a namorar o filho do fazendeiro, quando veio do Rio de janeiro seu cunhado pra busca-la, pois havia prometido sua mao em casamento com meu pai, Ela partiu no dia seguinte bem cedo, sem nem se despedir do grande Amor de sua Vida, Ela me revelou tudo pouco tempo antes de vir a falecer.Denise de oliveira teixeira.
ExcluirMorei na fazenda União de 1960 a 1968 (dos 12 aos 18 anos) nesta época seu Cherques,como nós o chamávamos, morava na fazenda. Eu com 14/15 anos trabalhei na fazenda, no almoxarifado e escritório. O Patrick Cherques, que fez um comentário sobre a fazenda é filho do Sérgio e neto do seu Cherques. Como o almoxarifado/escritório ficava na parte de baixo da fazenda eu tinha muito contato com o Patrick que na época devia ter 5ou6 anos acredito, muito educado como sua mãe dona Betty. depois, já com 16 anos fui tomar conta do armazém que fornecia para os empregados da fazenda. Com 18/19 anos fui embora para o Rio de Janeiro para buscar novos horizontes que, graças a deus consegui. Mas tenho muita saudade do que vivi na fazenda UNIÃO!
ResponderExcluirGerson esta fazenda União, na verdade % fazendas, pertenceu a meu avô, Estanislau Cherques, que a vendeu e mal, nos anos 70. Passei todas as férias de minha infância lá. Bjs
ResponderExcluirParabéns pela matéria sou uma dos muitos moradoradores da Fazenda União ,já havia feito um trabalho de escola sobre a história da Fazenda a muitos anos atrás hoje minha filha está fazendo um reportagens para a escola e eu sugeri que fosse sobre a história da fazenda então pesquisei e achei sua reportagem e gostei muito obrigado por nós ajudar.
ResponderExcluirParabéns pela matéria! Acabei de descobrir os nomes dos meus bisavós e a história da minha família paterna que não sabia. Sou neta do Felisberto Gomes de Souza e da Jovita de Castro Souza.
ResponderExcluirMeu pai José Gomes de Souza foi criado na Fazenda da União. Fiquei emocionada!